segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Com todo o amor que possa existir.

Faz alguns anos que eu conheci uma menina. Eu estava em um corredor escuro do colégio, junto com umas pessoas e aí apareceu essa menina. Magra, com o cabelo escorrido e pintado, uma maquiagem e correntes. As unhas roídas, o all star todo sujo e os olhos mais lindos que já vi. Ela precisava de carinho. Estava tão fechadinha nela mesma. Tinha um carinho, mas não era ainda o necessário. Não me lembro de ter a visto sorrindo naquele dia.
Por um jogo certo do destino, eu cruzei com essa menina na rua uma vez, assim, do nada. Falamos oi, mas foi só isso. Sem um beijo, sem um abraço. Apenas acenamos a cabeça e continuamos andando. Me lembro de ter olhado pra trás alguns segundos depois e de ter dado um sorriso de canto, abaixei a cabeça e pensei em como ela era linda. Alguma coisa de muito especial tinha, teve, tem.
Segui meu caminho. Ela seguiu seu caminho. Não sei por que, mas nossos caminhos acabaram se juntando. Eu não podia deixar ela ir. Não podia mesmo. Ficamos amigos, de verdade. Grandes amigos. Cantamos juntos musicas em italiano, trocamos poemas, falamos de escritores. Contei meus segredos, ela contou os dela, rimos muito, amarelamos nossos dentes com tanto café e cigarro. Eu me lembro de ter aprendido coisas lindas com ela. Ela me ensinou as coisas do mundo, as belezas, como ser e estar sempre feliz. Agora quando eu vejo uma rosa, consigo reparar em cada detalhe, em cada barulho que ela faz.
Essa menina me ensinou ver a vida de outro jeito. Com sua alma sensível, me ensinou tudo.
Houve tempos em que ela desaparecia um pouco. Falava que ia mas não ia, falava que ligava mas nunca ligou. Mas nossos caminhos nunca se descruzaram.
Chorei no ombro dela quando precisei, ri muito na casinha linda dela quando precisei, ouvi os melhores conselhos de todos quando precisei. Ela estava lá, sempre lá quando eu mais precisei. Não foram vários e vários dias de convivência, mas foram os dias certos.
Essa menina hoje me deixa cada vez mais orgulhoso. Ela é uma mulher, mas sempre vai ser a minha menininha. Minha princesinha do mar. Encontrou tudo o que poderia encontrar para ser feliz. E sempre mereceu isso. Isso e muito mais.
As saudades são tamanhas, claro. Dói. Agora, nesse exato momento em que eu escrevo, dói. É um choro entalado que eu não quero chorar, mas é inevitável.
Mariana, aqui escreve quem sempre será apaixonado por você, pela sua alma, pelo seu coração.
E como você me escreveu um dia “ Mesmo que se calem todos os pássaros, fecharei os olhos e abrirei um sorriso, porque sei que você ainda está aqui”
Nosso amor é como o vento, não posso ver, mas posso sentir.
Amo muito você. Amo de verdade!

3 comentários:

Anônimo disse...

Que inveja dos seus amigos... inveja porque eles permeiam seus pensamentos... queria eu ter um espaçinho ai dentro nem que fosse por uns 10 segundos. Pois é, esse não vai ser mais um post igual ao comecinho de julho... mesmo porque tive mto... mas mto tempo pra ter falado com você e varias e varias chances também. Escrevo isso mais como uma forma patética pra não morrer de arrependimento de não ter tentado nada e porque também acho que nunca mais poderei te ver. Fiquei pensando nisso hoje, quando perdi a ultima chance de ter te dado um oi pelo menos, até tentei fazer alguma estripulia e tentar de novo, mas não sou assim... só virei as costas e fui embora... afinal nem sei o que faria se ficasse frente a frente com você... abriria um sorriso possivelmente sem conseguir pensar em mais nada... já tinha escrito antes como me sentia... não mudou, embora eu esteja mais maduro, não é o suficiente. Como será ficar sem ver você? Ia morrer de saudade da sua risada que posso ouvir beem de longe, dos seus olhares, da sua voz. Lendo assim parece bem pouco... mas eu gostava tanto. Trocar olhares com você foi tão bom... detesto fazer cara de “ah só uma pessoa passando por mim” quando na verdade tenho vontade de parar e te ver passar.
Um sonho... você foi um sonho ótimo pra mim esse ano... não foi dessa vez... quem sabe em outros tempos, outras vidas... meus sonhos infelizmente são como a fumaça do meu cigarro preto... fortes e bem visíveis ao meu redor e vão se esvaindo e desaparecem no ar sobrando só um cheiro, uma lembrança, um toco pra ir pro lixo. Ai ai... xega... aqui me despeço com uma lágrima e um fio de esperança que insiste em sobreviver...falei já, nao sinta raiva de mim, pena pode ahaha... um beijo, um abraço e um adeus.

Fernanda disse...

Escrevo a todos os meus amigos, quase todos os dias, palavras que são tão lindas que as vezes ficam rodeando na minha cabeça por muito tempo. Nunca me escreveram de volta, UASHUAs mesmo assim, a resposta que eu preciso a todas as minhas palavras, é o sorriso, o abraço, a lagrima da Raai dizendo quão lindo foi o texto ou a Carina me chamando de gay! Não me esqueço "Aiih sua gay como eu te amo!".
Adoro escrever a eles, sobre eles.
Tenho um remorso, nunca escrevi para o Willian e ele se foi antes que pudesse faze-lo.
è uma pena.


Adorei seu texto.
Mil beijos

Mafê Probst disse...

Senti todos os pêlos arrepiados ao te ler. Tão lindo, tão romântico, tão tu-do!