quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Amigo da vida.

Nada melhor do que ser e sentir-se livre. Andar por aí sem pensar em ninguém, em nada. Poder sentar em uma pedra e ter seu momento de solidão. Aqueles momentos em que você só quer ouvir o que você quer ouvir, e não o que te obrigam a ouvir. Nada melhor do que a liberdade. Sem angustias, sem ciúmes, sem dor, um vazio que faz bem.
Sai de mim.
Morri agora. Morri pro mundo e nasci pra vida. Sai de mim logo de uma vez, e não volte nunca mais. Agora sim. Sinto o cheiro do ar. O ar que vaga livre pelos cantos. Sinto o vento, de braços abertos, me deixando cada vez mais junto dele.
Eu morri pra você. Às vezes é bom morrer para alguns e renascer para si próprio.
Soltei minhas algemas. Arranquei a camisa de força. Sou mais um louco a solta, só fazendo cagadas. Cagadas sim. São elas que me deixam feliz. Adoro cagadas. Adoro as piores cagadas.
Minha linha da vida é pequena. A linha da vida é pequena demais para todos. Não vou ficar parado esperando o mundo rodar. Não vou ficar parado fazendo papel de idiota. Não vou ficar sentado vendo a chuva escorrer. Agora eu vou chover.
Não vou ficar deitado vendo o vento soprar. Agora eu vento. O vento venta em mim e eu vento no vento.
Parei de parar. Parei de sentar. Agora eu quero correr e recuperar o tempo perdido com todos os idiotas que me roubaram os dias.
Quem quiser pode vir junto. A vida está aí, sentada. Só ela que tem que ficar sentada. Ela está lá esperando para ver o que eu vou fazer com ela. Está só de olho. E é bom ela se preparar.
Agora vamos fazer tudo diferente. Eu e ela. A vida e eu. Vamos começar tudo outra vez, mas agora vai ser muito melhor.
Rir mais, claro.
Se é que isso é possível. Beber menos ? Não sei se vale a pena.
Ser cada dia melhor? Sem dúvida.
Vamos fazer dar certo. Realizar os sonhos.
Sempre que chegar a meia noite, terei a certeza de que meu dia valeu a pena.

“ Se alguém perguntar por mim, diz que fui por aí... “

domingo, 12 de outubro de 2008

A nice place.

Sabe, eu tava a fim de encontrar um lugar bacana pra ver um pôr do sol. Estava pensando nisso esses dias. Queria um lugar bem bonito, bem idiota, daqueles que aquelas menininhas meio tosquinhas sonham em encontrar pra poder deitar na grama com o príncipe encantado. Tirando a parte ridícula do príncipe encantado e da grama, eu queria mesmo um lugar desses. Um lugar que me desse paz, onde eu fechasse meus olhos e me visse por inteiro. Queria um lugar pintado a mão e dedicado só pra mim, pros meus momentos e pra tudo que eu tenho no coração.
Estava precisando de um lugar com cores. Várias cores. Sem muitas pessoas. Eu quero encontrar um lugar que eu possa sentar, não sentir o peso de 500 vacas em cima de mim, não sentir as lágrimas escorrendo e caindo molhando minhas pernas cansadas de só andar em círculos.
Quero encontrar um lugar onde eu possa ser aplaudido, e não ficar aplaudindo a vida maravilhosa das pessoas enquanto a minha continua parada. Quero encontrar um lugar pra me separar um pouco da dor da perda ou um lugar que me faça aprender a perder. Quero um lugar onde me reconheçam. Quero um lugar que me alivie as dúvidas. Será que vale a pena estar aqui? Será que é tudo mesmo do jeito que parece ser, ou as fantasias não fazem parte do real pessoal e particular? Quero um lugar onde exatamente isso aconteça. Quero um lugar onde as minhas fantasias sejam as minhas realidades. Todas elas, sem falta. Todas!
Estava procurando esse lugar, e acho que sei onde eu posso encontrá-lo. Vasculhando no profundo de mim mesmo. Estava entrando na minha alma e vi. Encontrei tudo dentro de mim. Dentro das minhas lembranças e dentro do meu futuro.